A equidade no acesso ao transporte tem sido um dos direitos mais difíceis de garantir aos cidadãos, principalmente aos que se encontram fora das zonas urbanas.
De um lado, o problema da população estar demasiado dispersa, não assegurando uma procura que viabilize economicamente a realização de carreiras de carácter regular, por outro lado, o facto destes serviços não serem realizados, colocam em causa os direitos básicos do cidadão, inscritos na Constituição.
O problema agrava-se perante a reorganização dos serviços administrativos, judiciais, de saúde e de educação que, sendo agregados, levaram, em muitos
casos, ao aumento das distâncias e da dificuldade de acesso pelos cidadãos, sobretudo daqueles que vivem em zonas de menor densidade populacional e nas áreas rurais, muitos deles sem acesso a transportes e sem veículo pessoal.